Quando a desvalorização pessoal insiste em entrar em
cena, a vida da gente tende a experimentar sérias complicações. Engordar
ou ter dificuldade para seguir um plano de perda de peso podem ser
algumas delas.
A fórmula para emagrecer ou manter o peso, todo mundo já conhece:
prática regular de exercícios e dieta equilibrada. No entanto, há alguns
detalhes que potencializam os benefícios desta dupla implacável. Um
deles - que é destacado em todos os livros e palestras de autoajuda e
cantado em coro por especialistas - é a preservação da autoestima. Esta,
quando está em baixa, tem o poder de gerar descompasso em diversas
áreas de nossa vida, entre elas, desandar a famosa receita da boa forma.
Ela é mais do que o reconhecimento de nossas habilidades e conquistas, é
um elemento importante para enfrentarmos os desafios do dia a dia e
desenvolvermos um bom relacionamento com o mundo. Funciona como uma
espécie de sistema imunológico emocional. "Uma pessoa com autoestima
elevada é mais confiante nos resultados. Quando uma paciente começa a
emagrecer, por exemplo, ela reconhece tal conquista e aposta que chegará
ao seu objetivo. Tal confiança, seguida pela determinação, facilita o
processo de emagrecimento", comenta a médica Sara Bragança,
especializada em Medicina Ortomolecular e membro da Sociedade Brasileira
de Medicina Estética (RJ).
Por outro lado, segundo a médica, quem anda cultivando a própria desvalorização, tem uma tendência a descontar na comida todas as suas desilusões, tristezas e fracassos. Mas exagerar à mesa não é a única forma de descontrole, não. O desânimo para seguir um programa de perda de peso e realizar tarefas de rotina - principalmente a atividade física -, a falta de estímulo para cuidar do próprio corpo e a atitude de se render a pensamentos do tipo "eu não vou conseguir mesmo" ou "por que eu sou assim?", levam qualquer projeto de emagrecimento a nocaute.
Um círculo vicioso se estabelece: a pessoa com baixa autoestima come mais,
engorda, fica menos confiante, mais infeliz e come ainda mais
3 versões do problema
De acordo com Cynthia Schincaglia, psicoterapeuta cognitivo-comportamental (RJ), é preciso ficar atenta a alguns comportamentos, que indicam queda da autovalorização. "Quando a opinião dos outros é sempre mais importante do que a nossa, aceitamos menos do que merecemos, não expressamos nossos pontos de vista, alimentamos pensamentos negativos, sentimos cansaço e estresse constantes, temos sempre a necessidade de aprovação e nos falta determinação, é sinal de que há problemas com a autoestima", destaca a psicóloga. Um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Psicologia da Universidade do Texas criou três classificações para pessoas com baixa autoestima:
► Derrotada:
acha-se incapaz de encarar as dificuldades do dia a dia. Não se acha
responsável pelo que acontece em sua vida e espera que os outros deem
conta dos seus problemas.
► Mascarada: demonstra felicidade e segurança. Mas, na verdade, vive com medo de errar e de que os outros percebam sua fragilidade. O seu combustível, para manter a aparência, é estar sempre em evidência.
► Rebelde: demonstra falta de interesse pelo que os outros falam, principalmente os que estão em situação privilegiada. Mal-humorada, joga a culpa de seus problemas nos outros.
Autoestima x ganho de peso
Estudo publicado no British Medical Journal (Inglaterra) indica que a falta de amor-próprio aumenta em até 40% as chances de ter problemas de saúde, entre eles a obesidade
A ausência de autoestima pode
ter consequências diferentes para as pessoas. Pode causar tristeza e
depressão em umas e ansiedade relacionada ao excesso de peso, por
exemplo, em outras. "Quem não confia em si mesma, que não reconhece os
próprios valores e que não tem metas claras e definidas pode se tornar
alguém obesa, sim. Ela tende, sobretudo, a escolher a comida como
aliada, na tentativa de resolver seus problemas. A dica? Ao abrir a
geladeira de madrugada, pense: "Será que a solução dos meus problemas
está aqui?" ou "Comer mais e engordar vai me ajudar em quê?", comenta
Cynthia.
|
Passei a gostar mais de mim e emagreci!
Quando a assistente de cobrança Fernanda D'Aglio, de 22 anos (SP), começou a dar mais atenção para a sua satisfação pessoal e a se cuidar, mesmo diante das dificuldades do dia a dia, resgatou sua alegria de viver e, consequentemente, viu sua silhueta afinar. "Decidi que, mesmo com problemas pessoais, farei o melhor por mim. Uma boa maquiagem, capricho nos acessórios e um belo sorriso no rosto, por exemplo, são algumas de minhas armas. E quando o pessimismo cisma em aparecer, logo lanço mão dos elogios internos. Parei com lamentações do tipo: 'as roupas não vão cair bem', 'o cabelo está uma droga e se eu prendê-lo vou ficar bochechuda'. Agora, tento resolver o que me incomoda como posso. Assim, desenvolvi mais carinho por mim mesma," comenta.
Quando a assistente de cobrança Fernanda D'Aglio, de 22 anos (SP), começou a dar mais atenção para a sua satisfação pessoal e a se cuidar, mesmo diante das dificuldades do dia a dia, resgatou sua alegria de viver e, consequentemente, viu sua silhueta afinar. "Decidi que, mesmo com problemas pessoais, farei o melhor por mim. Uma boa maquiagem, capricho nos acessórios e um belo sorriso no rosto, por exemplo, são algumas de minhas armas. E quando o pessimismo cisma em aparecer, logo lanço mão dos elogios internos. Parei com lamentações do tipo: 'as roupas não vão cair bem', 'o cabelo está uma droga e se eu prendê-lo vou ficar bochechuda'. Agora, tento resolver o que me incomoda como posso. Assim, desenvolvi mais carinho por mim mesma," comenta.
Um dos recursos para alimentar o amor-próprio? Temos de usar nossos talentos a nosso favor. Nada de focar nos pontos fracos
Como chegar lá!
Segundo especialistas, algumas condutas podem ajudar a elevar a autoestima. Acompanhe!
Segundo especialistas, algumas condutas podem ajudar a elevar a autoestima. Acompanhe!
♦ 1º Reviva o passado.
Nesta etapa é possível identificar situações que minaram a
autoconfiança e perceber que alguns erros outrora cometidos podem ser
corrigidos e outros não. Para o que não pode ser mudado, não há o que
fazer a não ser aceitar a situação. Esqueça-os e foque no que pode ser
melhorado.
♦ 2º Busque a flexibilidade.
Geralmente, quem vive com a autoestima em baixa não é nada tolerante
com os próprios erros e fracassos. Costuma julgar toda uma vida por
apenas uma falha. É preciso ser flexível e caminhar pelo caminho do
meio, entre o erro e a possibilidade de melhorar o que não deu certo.
♦ 3º Ressalte os pontos positivos.
A pessoa que sofre de baixa autoestima tende a concentrar sua atenção
apenas nos aspectos negativos de determinada situação. Se está acima do
peso, por exemplo, ela vai remoer apenas os quilos a mais, como se ela
se resumisse a apenas um corpo. Ao se concentrar nos pontos positivos, a
percepção do indivíduo sobre a mesma situação muda para melhor.
♦ 4º Divida com os outros suas conquistas.
Estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology, da
Associação Americana de Psicologia, concluiu que alardear o próprio
sucesso ajuda a reforçar a autoconfiança, além de neutralizar
pensamentos de autodesvalorização.
♦ 5º Mexa-se!
Durante o exercício físico há liberação de endorfinas que provocam
sensação de prazer. Além disso, toda atividade física auxilia na
percepção positiva do próprio corpo e desperta a vontade de cuidar da
aparência e da saúde.
Hora de se testar
O questionário abaixo foi elaborado pela psicóloga Cynthia
Schincaglia e pode dar sinais de como anda a sua autoestima.
1 Você está de dieta e sai para jantar com amigos. Eles querem ir a uma pizzaria, você:
a) Sugere a eles outro restaurante que ofereça um cardápio mais variado.
b) Cede ao convite, afinal é só um dia e isso não irá comprometer a sua dieta.
2 Durante as compras no supermercado, você:
a) Evita as sessões de guloseimas para não cair em tentação e compra alimentos nutritivos e saudáveis.
b) Compra alimentos não permitidos na sua dieta.
3 Seu chefe elogia o seu trabalho e você:
a) Sorri e agradece.
b) Pensa: não é possível, ele deve estar querendo algum favor!
4 Na academia, você:
a) Vai a qualquer hora, afinal você está indo para entrar em forma.
b) Procura frequentar nos horários em que há menos pessoas,
porque tem vergonha do seu corpo e de estar acima do peso.
5 Um colega de trabalho a convida para balada. Você:
a) Aceita o convite e fica animada com a possibilidade de ficarem juntos.
b) Desconfia, afinal, por que um rapaz tão bonito a convidaria para sair?
6 Atualmente no seu closet existem:
a) Roupas que valorizam o seu corpo e acessórios modernos.
b) Roupas bem largas, escuras e que pouco valorizam o seu biótipo.
Resultados:
Maioria A
Parabéns! Você sabe das suas potencialidades e não deixa que
os seus defeitos se sobreponham às suas qualidades. É uma pessoa
segura, que sabe o que quer e acredita na sua intuição e nas suas
competências. Tem estrutura suficiente para lidar com mudanças e
desafios.
Maioria B
Cuidado! Sua autoestima está baixa. É hora de virar a mesa.
Como? Não se condene por seus erros e não tenha medo de fracassar,
afinal, a falta de êxito é uma oportunidade de aprendizado e de sucesso
no futuro. Acredite mais em você e, se for preciso, busque a ajuda de um
psicoterapeuta.
|
Fonte: http://dietaja.uol.com.br/saude-fitness/189/artigo189590-1.asp
Amados e amadas, espero que esta postagem ajude pelo menos uma pessoa (já ficarei muito feliz).
Beijos, de alguém que lhes quer bem.